(Divaldo Pereira Franco, em “Novos Rumos para o Centro Espírita”)
Finalidade: Promover a fraternidade, o estudo doutrinário e a interação entre trabalhadores para que possamos espiritualizar o ser humano para a prática do bem. Organizar eventos doutrinários e confraternativos para o aprofundamento do conhecimento espírita e a melhor convivência.Reunir, como um organismo vivo, os espíritas para a troca de idéias e ideais, em clima de ampla fraternidade, comunhão de pensamentos e união de esforços em torno do Espiritismo.
LEMA: Conviver para promover a fraternidade.
Allan Kardec, o insigne codificador da Doutrina Espírita, inseriu na Constituição do Espiritismo em seu item VIII, do livro “Obras Póstumas”, que para que haja uma condição absoluta de vitalidade para toda reunião ou associação é necessário a existência da homogeneidade, a qual dispôs em três diretrizes:
- Unidade de Vistas.
- Unidade de Princípios.
- Unidade de Sentimentos.
Os Centros Espíritas e o Movimento Espírita como um todo, devem se preocupar em vivenciar o sentimento puro da fraternidade, da tolerância, da solidariedade, e porque não dizer, em grau maior o sentimento mais nobre: o Amor.
O Espiritismo é Cristianismo redivivo, não temos disso a menor dúvida, portanto, sob esta característica a vivência do amor se torna imprescindível.
“O ideal espírita é de fraternidade, e possui força incalculável de trabalho em prol do progresso e felicidade do homem.”
Esta frase acima é do irmão Orson Peter Carrara, extraído do periódico “Dirigente Espírita”, e retrata bem o ideal que deve nortear as ações do Movimento Espírita: a fraternidade, conseqüência natural do processo de humanização.
O eminente escritor J. Herculano Pires, declara no seu livro “O Centro Espírita”, que “não basta semear idéias fraternistas entre os homens, é necessário concretizá-las em atos pessoais e sinceros.”
Portanto é imperioso que no Centro Espírita, local de convergência dos Espíritos, onde se prega o amor e o entendimento, o perdão e a tolerância, a fraternidade e o respeito, haja a vivência destes sentimentos, buscando a concretização dos ideais espíritas dentro do seu principal núcleo constituído: o Centro Espírita.
“Que se comece pelo ardor, logo o amor, preparando-se pela qualificação para servir bem. Comecemos a sentir o problema do próximo, e a melhor maneira de senti-lo é colocar-se no seu lugar, fazendo por ele o que gostaria que lhe fosse feito. Com esse exercício nasce uma onda de ternura, um sentimento de solidariedade e, a partir daí, começa-se a dizer: “Meu Deus, eu sou gente, eu sou uma célula do organismo universal; a sociedade caminha na minha vida”(Divaldo Pereira Franco, em “Novos Rumos para o Centro Espírita”, Editora Leal, 1999).
Com essas palavras Divaldo Franco interpreta o “humanizar” proposto por Joanna de Ângelis, ou seja, tudo realizar com amor, com sentimento, colocando-se no lugar do outro para sentir seus dramas e suas alegrias.
É o término das fofocas, das intrigas, dos ciúmes, dos personalismos, dos achismos, da centralização do poder, dos melindres e tantos outros males que fazem estragos consideráveis na seara espírita.
Humanizar o Centro Espírita. Trabalhar as relações interpessoais mergulhando-as no amor para vivenciar-se a fraternidade. Saber conviver com as diferenças através do diálogo construtivo.
O Relacionamento Interpessoal assume um papel vital neste momento de reconstrução.
Ao desenvolver a fraternidade, o estudo doutrinário e a interação entre companheiros, o “Projeto Humanizar” pressupõe o trabalho de promoção do relacionamento interpessoal entre os espíritas, sejam dirigentes, trabalhadores e frequentadores de um mesmo Centro Espírita, seja entre os espíritas de forma geral.
Não é possível discursar sobre fraternidade e solidariedade sem o esforço de colocar essas virtudes em prática.
O relacionamento interpessoal exige a utilização das ferramentas do diálogo, da tolerância, da compreensão e do auxílio, todas elas envoltas pelo sentimento do amor, exemplificado por Jesus e constante nos diversos ensinos dos Espíritos Superiores na codificação. Cada uma dessas ferramentas pode e deve ser utilizada constantemente, no exercício salutar da boa convivência:
Diálogo – É saber ouvir, saber ponderar o que se ouve e saber falar sem imposição da idéia pessoal. Ao ouvir, se for o caso, mudar de idéia ou atitude, reconhecendo o erro, ou falha. O diálogo deve existir para a melhor convivência do grupo, o melhor entendimento doutrinário e a melhor dinamização das atividades.
Tolerância – É o exercício de conviver com as diferenças individuais – de personalidade, de caráter, de cultura, etc. – e aproveitar o que de melhor cada componente do grupo possa dar de si mesmo.. Antes de criticar o outro, olhar para si mesmo. Não significa deixar tudo acontecer, pois a tolerância respeita o livre-arbítrio mas requer limites
Compreensão – O esforço em compreender o pensamento e as atitudes daquele que convive conosco beneficia.o estabelecimento do equilíbrio, da paz, do trabalho produtivo. Compreendendo que cada um possui limites, vamos exercitar a boa vontade de colaborar para o bem comum.
Auxílio – Não diga: “como a tarefa não é minha, nada tenho com isso”. Se alguém, escalado como responsável, não fez, por que você não pode fazer, a título de auxílio e contribuição? Antes de julgar as razões da falha do outro, julgamento que na verdade pertence a Deus, devemos estar sempre prontos a auxiliar, não esperando recompensas e nem fazendo cobranças.
Nosso desafio é enorme pois somente alcançaremos a plenitude em se tratando de unificação quando os espíritas, de forma individual e coletiva, vivenciarem a união sem fronteiras, sem paralelismos, sem qualquer tipo de sectarismo, de melindres, agindo dentro da fraternidade sincera, numa integração verdadeira, com todos trabalhando pela Causa Espírita, que ultrapassa nossos interesses pessoais.
“O verdadeiro Espiritismo tem por divisa a benevolência e a caridade. Não admite qualquer rivalidade, a não ser a do bem que todos podem fazer. Todos os grupos que inscreverem essa divisa em suas bandeiras estenderão uns aos outros as mãos, como bons vizinhos, que não são menos amigos pelo fato de não habitarem a mesma casa” (Fénelon – Item XXII).
Imagine
Imagine uma Casa para trabalhar onde a desconfiança foi substituída pela esperança.Onde todos acreditam que a Casa também é deles.
Onde controlamos a forma de fazer e não as pessoas, até porque cada uma delas se preocupa em se vigiar.
Onde encaramos os problemas como oportunidade, e o enfrentamos procurando descobrir o que está errado, e não quem está errado, ou quem é o culpado.
Onde medimos o resultado, em vez das pessoas, e definimos procedimentos, em vez de autoridade.
Onde perguntamos: ”Como posso ajudá-lo?”, em vez de dizer: ”isto não faz parte do meu trabalho”.
Imagine uma Casa onde trabalhamos juntos, como uma equipe, para sermos cada vez melhores, não pelo simples fato de sermos melhores que os outros, mas para melhor servir.
Onde buscamos uma resposta para cada problema, em vez de vermos um problema em cada resposta.
Onde o único erro é repetir um erro e a única verdadeira falha é não tentar.
Imagine uma Casa onde os dirigentes são companheiros, amigos, em vez de simplesmente chefes, feitores.
Onde temos disciplina nos trabalhos, em vez de disciplinarmos pessoas, até porque cada um já está preocupado com sua própria disciplina.
Onde o significado da palavra responsabilidade está vinculado a um desejo de contribuir, e não a uma obrigação imposta por outra pessoa. Afinal, o trabalho é de Jesus.
Imagine um ambiente construído sobre uma base de confiança e respeito. Onde as idéias são bem-vindas, embora não necessariamente implementadas, e as pessoas são valorizadas pela sua contribuição, se preocupando com seu aprimoramento contínuo, atendendo a receita: “Amai-vos e Instrui-vos”.
Imagine uma Casa onde as pessoas dizem: “Pode ser difícil, mas é possível”, em vez de: “Pode ser difícil, mas é muito difícil”.
Imagine uma Casa onde o medo de ser franco, leal e honesto foi substituído por um ambiente de franqueza sem medo, de sinceridade sem rudeza.
Imagine, imagine e acredite!!
Você pode imaginar? Pode ajudar a construir uma Casa assim?
Nós da Diretoria da AELAC também acreditamos, e convidamos você a materializar este sonho em nossa Casa Espírita.
ÉIS NOSSO MAIOR DESAFIO: VENCER A NÓS MESMOS!
PROSSIGAMOS O ALVO E SIGAMOS EM FRENTE.