segunda-feira, 16 de abril de 2012

155 ANOS DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS


Foi num 18 de abril (1857)  que o Espiritismo passou a ter oficialmente  um corpo de doutrina, com a edição de O Livro dos Espíritos.

Nesta data acontecia o lançamento da primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, a obra básica do Espiritismo que se apresenta como doutrina organizada e que seria a base para o lançamento, posteriormente, de outros livros com detalhes sobre cada uma das suas quatro subpartes.
 
  Com este advento, indubitavelmente a humanidade teve, a partir desse dia, informações tão extraordinárias que lhe permitem fazer da felicidade algo já deste mundo.

 A obra, que no original é “Le Livre des Esprits”, é o primeiro registro sobre a doutrina espírita publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, porém, mais conhecido no mundo pelo pseudônimo de Allan Kardec.

É o marco zero do Espiritismo e um dos livros mais vendidos, com mais de 30 milhões de exemplares, e foi lançado por Kardec após seus estudos sobre os fenômenos que, segundo muitos pesquisadores contemporâneos, possuíam origem mediúnica, e estavam difundidos pelo Velho Continente no decorrer do século XIX.

A edição apresenta-se na forma de indagações, isto é, perguntas e respostas dirigidas, ao que Kardec afirmava serem dos espíritos, totalizando 1.019 tópicos. Foi o primeiro de uma série de cinco editados pelo pedagogo sobre o mesmo tema.

Estruturalmente, a primeira edição do “Livro dos Espíritos” tinha 176 páginas e foi publicado em formato grande, com os textos distribuídos em duas colunas.

A publicação era composta por 501 perguntas e suas respectivas respostas, divididas em três partes :“Doutrina Espírita”, “Leis Morais” e “Esperanças e Consolações”.

Rapidamente, o livro se tornou popular, inicialmente, na França, país de origem. Em seguida, como um rastilho de pólvora, espalhou-se por toda a Europa. As médiuns que serviram a esse trabalho foram inicialmente Caroline e Julie Boudin (respectivamente, 16 e 14 anos à época), às quais mais tarde se juntou Celine Japhet (18 anos à época) no processo de revisão do livro.

Após o primeiro esboço, o método das perguntas e respostas foi submetido a comparação com as comunicações obtidas por outros médiuns franceses, totalizando em “mais de dez”, nas palavras de Kardec, o número de médiuns cujos textos psicografados contribuíram para a estruturação de O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, na capital francesa, contendo 550 itens.

Edição revisitada

Foi devido à segunda edição, lançada em 16 de março de 1860, com ampla revisão de Kardec, mediante o contato com grupos espíritas de cerca de 15 países da Europa e das Américas, que aparecem as atuais 1019 perguntas e respostas. Comparando as duas edições do “Livro dos Espíritos”, a segunda veio mais que o dobro de perguntas e respostas diante da primeira. Outra mudança é que, dessa vez, a obra estava dividida em quatro partes: “Das causas primárias”, “Do mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos”, “Das Leis Morais” e “Das Esperanças e Consolações”.


Uma pena que seja ainda obra pouco estudada e tida na conta de difícil, para uns, e superada, para outros, ávidos por reformá-la, modernizá-la, atualizá-la, sem perceber que ainda há verdades não descobertas pelos homens, claramente informadas em “O Livro dos Espíritos”.


Defendemos que um livro deve ser lido da primeira à ultima página, sem pular uma só linha, uma só página. Dizemos isso porque tanto a introdução como a conclusão de “O Livro dos Espíritos” devem ser lidas com o mesmo interesse que temos ao ler as questões.


Quando conhecemos todo o esforço, renúncia e constrangimento vividos por Allan Kardec, o admiramos ainda mais o codificador e ficamos mais agradecidos por ele não ter desertado da tarefa ante os terríveis impedimentos por que passou. Junto com a esposa, a guerreira Amelie Boudet, levou o fardo até o fim.


Ele tinha a preocupação de deixar alguém que desse continuidade no aprimoramento da doutrina, adicionando-lhe tudo o que a ciência comprovasse e que, eventualmente, não constasse da obra. Mas que fosse alguém determinado e criterioso como ele. Como desencarnou, repentinamente, nem pôde programar um eventual sucessor.


Diante dos fatos, todos nós deveremos nos considerar sucessores de Allan Kardec, dando sequência ao trabalho para que siga atendendo à humanidade neste momento tão delicado.

Que possamos estudá-lo detidamente, divulgálo com simplicidade e fidelidade doutrinária para que verdadeiramente ele possa contar com todos nós!


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